Para que nunca seja esquecido o sentido da palavra liberdade, o grupo
disciplinar de História e Geografia de Portugal, em articulação com a
biblioteca escolar, organizou, entre os dias 26 de abril e 3 de maio, diversas atividades
em torno do significado da “Revolução de 25 de Abril de 1974” e dos valores que
veicula. Para o efeito, a biblioteca escolar engalanou-se a rigor com as cores
e as imagens da liberdade e, ao som da música que canta Abril, os alunos
expuseram trabalhos sobre a época. Houve, simultaneamente, apresentação de
recursos digitais: PowerPoints e vídeos/documentários. E com o objetivo de enaltecerem
os poetas que cantaram abril, um grupo de alunos deslocou-se às salas de aulas para
declamar e distribuir poemas por todos os professores da escola.
Tendo o nosso
Agrupamento como grande meta tornar todos as suas bibliotecas inclusivas, os
alunos da Unidade de Educação Especial também participaram ativamente neste evento: assistiram à
apresentação de um powerpoint sobre o que é ser livre, onde eles próprios eram as
personagens; trouxeram cravos vermelhos de papel elaborados na Unidade; no
final, de cravo em punho, cantaram, em conjunto com as suas professoras, a
canção “Grândola Vila Morena”.
E para que os
alunos CEI percebessem que a liberdade é, de facto, uma palavra muito, muito,
doce, no sentido literal e não literal do significado, ao caule dos cravos
foram adicionadas amêndoas de chocolate.
Como esta revolução aconteceu
há 42 anos e os nossos alunos, no geral, não imaginam o que é viver sem
liberdade, os professores de História e Geografia de Portugal dos 5.º e 6.º
anos trouxeram as turmas do 2.º ciclo à biblioteca e leram-lhes histórias
juvenis sobre a temática do 25 de abril de 1974. Nesta actividade, tiveram a participação dos Encarregados de Educação e
membros da equipa da biblioteca escolar.
Pelos olhos
curiosos dos alunos das diferentes turmas passaram autores como Alice Vieira,
com Vinte e cinco a sete vozes;
Manuel António Pina, com O Tesouro, José
Jorge Letria, com O 25 de Abril explicado
às crianças …e aos outros e José Fanha, com
Era uma vez Abril.
Pela voz dos professores, tomaram conhecimento de casos de pessoas
que foram torturadas durante o Estado Novo, assistiram a depoimentos gravados (para
alguns, e também para nós, é difícil compreender como é que alguém era preso só
pela simples razão de ter uma visão contrária ao regime. Assistiram também a
uma gravação que mostrava a rendição de Marcelo Caetano e viram imagens de
Salgueiro Maia, o maior exemplo de coragem da revolução do 25 de Abril de 1974,
cuja célebre frase “ quem quiser venha
comigo, vamos acabar com o estado a que chegamos” espelha o cariz
carismático deste militar que teve um importante papel na revolução e que, por
esse facto, vai ser condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, no próximo
dia 1 de julho, data em que o Capitão de Abril faria 72 anos.
A comemoração do 42.º aniversário da revolução de 25 de Abril de
1974, na Escola Dr. Francisco Gonçalves Carneiro, resultou do trabalho
colaborativo entre os professores de História e Geografia de
Portugal, alunos, equipa da biblioteca escolar, encarregados de educação e
Unidade de Educação Especial. Todos os intervenientes da comunidade educativa
deram as mãos para enaltecer os valores da liberdade e da democracia.
Viva o 25 de Abril! Viva Portugal!
Equipa
da BE
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