sábado, 17 de outubro de 2015

Há dias assim…


             Há dias em que a poesia no seu estado bruto nos bate à porta e cega-nos de luz.
São dias diferentes que nascem envoltos em sensibilidade e ternura. Nesses instantes de vida, não há nuvens no horizonte e um bem-estar indescritível passeia em nós.
 Um passe dessa magia aconteceu, no dia 12 de outubro, quando a professora Ana Maria trouxe, à biblioteca escolar  até mim e à professora Fernanda Aguieiras, membro da equipa da BE, um bando de petizes do ensino pré-escolar para mergulharem no mundo encantado dos livros da sua biblioteca e das regras do utilizador.
Senti que, no momento em que os pequenitos se acomodaram naquele espaço tão acolhedor, um manto de encantamento cobriu todos os presentes.
O nosso encontro prosseguiu com medalha de ouro com a leitura da história  Afinal  do que é que a senhora Quiproquó anda à procura?  os petizes, a viver naquele maravilhoso estádio em que são felizes com tudo e com nada, espelhavam no olhar um brilho de contentamento e iam à medida que a história se desenrolava, discorrendo, com a assertividade que a idade lhes permitia, sobre qual era afinal o maior tesouro  da “ ratinha” e, nessa descoberta, as opiniões  bailaram pelas bonecas, carinhos e…pela mãe!
Senti-me emocionalmente recompensada e trouxe no coração um grande espólio de sonhos, fantasia e sorrisos, uma espécie de pronto socorro para uso quotidiano nos dias de chuva.
            E como “nascer de novo a cada dia ” rima com infância e fantasia, ser criança é, de facto, aquilo que nunca deveríamos deixar de ser…

Coordenadora da BE do AEAGranjo, Ana Paula Carvalho



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