Ao chegarmos
ao Jardim de Infância de Chaves, apercebemo-nos, de imediato, que uma fada
sobrevoara aquele espaço e com a sua varinha de condão transformara-o num
paraíso de encanto e ternura. Porém, não havia à vista nem fadas, nem gnomos,
nem princesas, mas, sim, meninos e meninas disfarçadas de joaninhas quadradas.
Ora, nesta grande família de joaninhas que se encontravam no Jardim de Infância
de Chaves, havia uma grande diversidade: desde joaninhas de pele clarinha e
olhos que faziam lembrar o céu até às de cor de chocolate com olhos negros - um
verdadeiro regalo para o nosso olhar!
Estas joaninhas tão diferentes e tão iguais
aguardavam a chegada da escritora Marília Ascenso. De repente, ei-la que surge,
alegre e encantadora, nas suas vestes de joaninha crescida a tocar viola e a
dançar para apresentar de forma original a sua história “ A Joaninha Quadrada”,
perante uma plateia de petizes extasiados. A emoção foi crescendo enquanto a
apresentação se ia desenrolando e, simultaneamente, íamos tendo a oportunidade
de admirar as ilustrações originais da história, desenhadas e pintadas a óleo pela
própria autora. Mas o momento mais extraordinário aconteceu quando um
passarinho verdadeiro saiu de um bule mágico e voou pela sala.
Nesta apresentação, aliou-se de forma elegante o lúdico ao didático,
ao criar-se um espaço onde a brincar se falou das diferenças e do respeito
pelas diferenças, sendo tratados valores como a solidariedade e a necessidade
de ser praticada a inclusão no mundo que nos rodeia. Grandezas de alma que
devem ser inculcadas desde a mais terna idade nos petizes.
Através desta atividade, as crianças do pré-escolar do
Agrupamento tiveram a possibilidade de traduzir nos trabalhos de expressão plástica
a mensagem da história, revelando que a compreenderam.
As educadoras estão de parabéns por conseguirem
incutir nos pequenitos o espírito artístico e os valores defendidos na história
analisada.
Que mais se poderia esperar quando ouvimos, de viva
voz, uma educadora referir que, quando lhe perguntavam por que andava sempre tão
contente, ela respondia naturalmente: “Porque lido com crianças.”
É a poesia no
seu esplendor a visitar-nos!
Equipa
da biblioteca escolar
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