Há
dias em que a poesia no seu estado bruto nos bate à porta e cega-nos de luz.
São dias diferentes
que nascem envoltos em sensibilidade e ternura. Nesses instantes de vida, não
há nuvens no horizonte e um bem-estar indescritível passeia em nós.
Um passe dessa magia aconteceu,
no dia 12 de outubro, quando a professora Ana Maria trouxe, à biblioteca escolar
até mim e à professora Fernanda
Aguieiras, membro da equipa da BE, um bando de petizes do
ensino pré-escolar para mergulharem no mundo encantado dos livros da sua
biblioteca e das regras do utilizador.
Senti que, no momento em
que os pequenitos se acomodaram naquele espaço tão acolhedor, um manto de encantamento
cobriu todos os presentes.
O nosso encontro
prosseguiu com medalha de ouro com a leitura da história Afinal do que é que a senhora Quiproquó anda à
procura? os petizes, a viver naquele
maravilhoso estádio em que são felizes com tudo e com nada, espelhavam no olhar
um brilho de contentamento e iam à medida que a história se desenrolava, discorrendo,
com a assertividade que a idade lhes permitia, sobre qual era afinal o maior
tesouro da “ ratinha” e, nessa
descoberta, as opiniões bailaram pelas bonecas, carinhos e…pela mãe!
Senti-me emocionalmente
recompensada e trouxe no coração um grande espólio de sonhos, fantasia e
sorrisos, uma espécie de pronto socorro para uso quotidiano nos dias de chuva.
E como “nascer de novo a cada dia ” rima com
infância e fantasia, ser criança é, de facto, aquilo que nunca deveríamos
deixar de ser…
Coordenadora da BE do AEAGranjo, Ana Paula Carvalho
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